11/Nov/2022

O mercado físico do boi gordo segue praticamente estável, mas se observa uma leve melhora na procura por boiadas terminadas. Essa demanda se dá, principalmente, por parte de indústrias menores que atendem majoritariamente o mercado doméstico. As escalas estão se encurtando e a busca por boiadas começa a aparecer. É preciso esperar para saber se essa procura se dá pela reação no consumo ou em razão das paralisações de estradas. Na semana passada, manifestantes ocuparam vias importantes do País. Esse movimento dificultou a chegada dos bovinos às indústrias e a reposição da proteína no atacado e varejo. As indústrias podem estar se antecipando ao feriado da próxima semana (15/11), quando novas paralisações poderão ocorrer.

Ainda em relação à demanda, o Rabobank aponta aumento da procura dos frigoríficos por fêmeas para ofertar ao mercado doméstico. Por conta dos preços menores em relação ao macho esse movimento tem se intensificado em algumas regiões em 2022. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 266,00 por arroba à vista e a R$ 278,00 por arroba a prazo. As escalas de abate estão mais curtas e atendem, em média, 8 dias. Na Bahia, a cotação do boi gordo permanece em R$ 282,00 por arroba aprazo. No Maranhão, a cotação do boi gordo é de R$ 262 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, as distribuições para o varejo estão próximas da normalidade, após dificuldades na semana anterior. Os preços dos principais cortes não apresentam variações, mas a valorização da última semana foi suficiente para margens positivas. O traseiro do boi segue cotado a R$ 21,60 por Kg.