10/Nov/2022

Segundo a Regrow, a pecuária brasileira, especialmente a de corte, tem um imenso potencial ambiental a partir da recuperação de pastagens. O Brasil tem 180 milhões de hectares de pastagens, sendo que 100 milhões de hectares são degradadas ou abaixo da capacidade produtiva. Nesse âmbito, o setor agropecuário brasileiro também tem, por consequência, um imenso potencial para participar do mercado de créditos de carbono. Foram citadas práticas como agricultura de baixo carbono, contempladas dentro do Plano ABC. Este plano é o mais consistente do mundo em termos ambientais.

Os produtores são sustentáveis e querem participar do mercado de crédito de carbono. Mas, o Brasil ainda peca no desmatamento e nas pastagens degradadas. Porém, justamente as pastagens degradadas são uma grande oportunidade para sequestrar crédito de carbono (se reformadas e intensificadas). Outro ponto a ser trabalhado é a imagem do produtor rural nas áreas urbanas, onde ele ainda é o vilão, mas ninguém vê que ele quer melhorar sua produção mais ainda. Na Europa, o produtor é herói nacional. A agricultura brasileira já usa tantas práticas ambientais que às vezes fica difícil mitigar mais carbono, em propriedades mais tecnificadas.

Os agricultores brasileiros estão muito à frente. Se comparar um produtor brasileiro com um norte-americano, a distância é enorme, tanto que fica mais fácil mitigar carbono nos Estados Unidos do que no Brasil (dada a falta de sustentabilidade da agricultura nos Estados Unidos. Se o produtor norte-americano usar plantio direto, isso já gera crédito de carbono para ele. O grande gargalo no Brasil, porém, ainda é assistência técnica em larga escala e crédito, além do desmatamento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.