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09/Nov/2022

Plant-Based: consumo segue crescendo no Brasil

A foodtech de proteína vegetal TiNDLE avaliou haver um caminho de expansão do mercado de proteínas vegetais. A leitura é de que o consumo de produtos à base vegetal está avançando, inclusive para outros espaços, como restaurantes. A Seara Base Vegetal reforçou que o mercado de proteína vegetal é muito promissor, considerando a perspectiva de aumento da demanda por proteína vinda de populações do Oriente. No Oriente, a população está cada vez mais demandante de proteínas. A cadeia de proteína vegetal é muito nova, muito incipiente e não se sabe ainda o tamanho que vai ter, mas é muito promissor, tanto que a empresa fez um spin off do negócio para olhar para proteína vegetal. A Nestlé Brasil ponderou que, apesar de pesquisas apontarem que ao redor de 80% das pessoas estão dispostas a trocar de marca e inclusive pagar mais por ela, é preciso dar “um empurrãozinho” para que o consumidor experimente novos produtos.

Existe a tendência de se manter padrões de consumo tradicionais, por isso é necessário ter um portfólio amplo de produtos, com opções para diferentes clientes e marcas. Essa tem sido a estratégia da Nestlé. A fazenda pioneira na produção de leite A2, Agrindus, afirmou que há espaço e demanda para o mercado de leite sem conservantes. De preferência, sem envolver grande necessidade de transporte, uma referência às compras próximas ao local de produção, como modo a reduzir o impacto ambiental. A TiNDLE, reforçou que há no mundo consumidores e realidades diferentes e que, por isso, a demanda global por proteína exigirá tecnologias e políticas diferentes, assim como a educação do gosto dos consumidores. Segundo a Seara Base Vegetal, no setor de proteínas vegetais, a tendência global é de expectativa em relação à sustentabilidade por parte do consumidor, mas o sabor do alimento é determinante.

Em relação à sustentabilidade das "carnes vegetais", ou seja, produzidas exclusivamente com vegetais, é uma tendência irreversível no futuro, pois, para alimentar 10 bilhões de habitantes no mundo em 2050, seguindo-se os atuais sistemas de produção de proteína, seria necessário alojar 70% mais animais do que se aloja hoje. Isso é impossível. Assim, a Seara, segmento da JBS ligada ao setor de suínos e aves e, agora, proteína vegetal, tem esse desafio e está super focada nisso, principalmente no sentido de melhorar seus processos, o que já existe e fazer o que estiver ao alcance para melhorar a nutrição da população. Esse é um compromisso da JBS e da Seara. Em relação à proteína vegetal, da linha Incrível! da Seara, também há busca por sustentabilidade e parceria com produtores, embora a companhia ainda não tenha todas as soluções. A proteína vegetal é um produto novo, embora com propriedades nutricionais bastante parecidas com proteína animal.

Em relação aos fornecedores, a empresa tem garantia de soja não transgênica e produtores com certificados ambientais. Entre ingredientes produzidos no Brasil ou importados, a linha Incrível! pretende, até o ano que vem, trabalhar com ingredientes 100% naturais. Embora a empresa ainda importe muitos ingredientes, há um trabalhado interno com soja em áreas regeneradas e com grandes fornecedores, para que eles tenham vontade de inovar e trazer essas soluções na própria proteína e nos corantes naturais. Há muita gente interessada em proteína vegetal, o que é bom. Em vários fóruns nacionais e internacionais, todos estão bem focados em investir em tecnologia para se chegar a um ponto ideal de proteína vegetal. Ou seja, entregar o que o consumidor quer e ver que ele não está comendo algo ruim, e que tem muita coisa boa ali dentro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.