03/Nov/2022

As altas nos preços do suíno vivo verificadas no começo de outubro garantiram que a média mensal fechasse acima da registrada em setembro. Isso porque, nas últimas semanas do mês, foram observados recuos nos valores do animal em grande parte das regiões. Ressalta-se, contudo, que, em muitas regiões, a média de outubro ainda ficou inferior à do mesmo mês de 2021. No começo de outubro, a demanda aquecida pela carne no mercado atacadista e a maior procura por lotes para abate por parte de frigoríficos para fazer estoques para o final do ano levaram unidades de abate a aumentaram a busca por novos lotes. No entanto, a oferta de suínos com peso ideal para abate esteve reduzida, contexto que elevou os preços nas primeiras semanas do mês.

Quanto às recentes baixas, foram influenciadas pela menor procura da indústria por lotes de suínos para abate, devido às fracas vendas de carne do mercado atacadista e ao feriado desta quarta-feira (02/11 - Dia de Finados), que acarreta um dia a menos de abate na semana. Ressalta-se que os agentes se mostravam apreensivos com os desdobramentos da recente greve de caminhoneiros, que pode gerar prejuízos ao setor. Desta forma, na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno teve média de R$ 7,18 por Kg em outubro, alta de 3,6% frente à média de setembro, mas 0,8% menor que a de outubro de 2021, em termos nominais.

Em Minas Gerais, na região de Belo Horizonte, o avanço mensal foi de fortes 7,8%, com o suíno negociado à média de R$ 7,30 por Kg em outubro, mas 0,9% abaixo da média de outubro/2021. Em Santa Catarina, na região oeste, o suíno vivo teve valorização de 5,2% de setembro a outubro, com a média a R$ 6,76 por Kg no último mês e ainda 0,7% acima da de outubro de 2021, também em termos nominais. No Paraná, na região de Arapoti, o suíno foi comercializado à média de R$ 7,09 por Kg em outubro, elevações de 5,8% no mês e de 2,1% em um ano. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.