31/Out/2022

A pressão chinesa sobre os preços da carne bovina brasileira provoca ajustes mais acentuados nas cotações das boiadas com destino à exportação. Em São Paulo, no mercado físico, o "boi China" registra queda de R$ 5,00 por arroba, o que estreitou, ainda mais, o ágio em relação ao boi negociado no mercado interno. Apesar de a China se destacar pelo crescimento de 3,9% da economia no terceiro trimestre de 2022, a demanda interna por carne bovina não mostra sinais de recuperação. Os frigoríficos de grande porte têm escalas alongadas graças a bois a termo, mas os pecuaristas resistem a reduzir os preços. A tendência para o curtíssimo prazo é de pressão sobre o boi gordo.

Novas oscilações devem vir atreladas ao consumo de carne bovina. Se, como o esperado, houver uma reação positiva, devido às festas de fim de ano e ao pagamento do 13º salário, os ajustes podem ser positivos. Do contrário, a cotação do boi gordo deve recuar novamente. Em São Paulo, o boi gordo está estável entre R$ 269,00 e R$ 271,90 por arroba à vista e a R$ 280,00 por arroba a prazo. O "boi China" está cotado em R$ 280,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 260,00 por arroba a prazo. No Pará, a cotação é de R$ 265,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, as distribuições seguem lentas. O traseiro do boi está cotado a R$ 21,10 por Kg.