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31/Out/2022

Carne bovina deve dar alívio para inflação em 2023

A queda dos preços da carne bovina no atacado em 2023 será uma das frentes “benignas” do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) quando comparado com os últimos dois anos de preços firmes da proteína vermelha. A tendência é de que o aumento na oferta de boiadas no mercado físico, somado à leve pressão chinesa sobre a arroba do boi gordo, vai colaborar para um cenário negativo das cotações aos consumidores brasileiros no próximo ano e, consequentemente, no índice. A carne deixará de ser uma “vilã”. Hoje, ela representa 2,9% do grupo de alimentos do IPCA-15, sendo o item mais importante. Assim, a queda dos preços carne fará com que o item alimentação também pese menos no IPCA.

Na esteira das dinâmicas que estão se colocando na cadeia produtiva bovina, de aumento no abate de fêmeas, consumo ainda fraco no mercado interno e outros fatores, a projeção é que entre os próximos 12 e 18 meses o ciclo baixista de preços se sustente de forma mais contundente. Em São Paulo, o boi gordo está cotado em torno de R$ 280,00 por arroba à vista, um nível considerado elevado. A queda nos preços da carne bovina ainda não aconteceu, mas está na iminência de acontecer.

O IPCA-15 de outubro indicou redução em cortes bovinos no mercado varejista, mas, de fato, o consumidor ainda não sentiu essa redução a ponto de voltar a ter forte demanda pela carne bovina. Novembro vai ser um mês de queda nos preços da carne no IPCA-15. Sobre a possibilidade de a demanda chinesa pela carne bovina brasileira sustentar as cotações, ressalta-se que o país asiático está lidando com a desaceleração do consumo local. A China tem oscilações referentes a consumo que também se relacionam com a atividade econômica. O crescimento está desacelerando em um ritmo mais forte. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.