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28/Out/2022

Boi: preço continua pressionado no mercado físico

O mercado físico do boi gordo registra baixa liquidez, refletindo o impasse em que se encontram pecuaristas e frigoríficos. Na ponta vendedora, a disponibilidade de gado terminado está mais elevada e os pecuaristas evitam comercializar os lotes a preços muito mais baixos do que nas últimas semanas. Do outro lado, grande parte da indústria segue com escalas alongadas e maior cautela no momento de traçar as suas estratégias de aquisição de matéria-prima. Apesar de preços estáveis para o boi destinado ao mercado interno, a cotação do boi com destino à exportação tem queda de R$ 5,00 por arroba, a R$ 280,00 por arroba. O cenário estreitou o ágio entre o boi mercado interno e externo.

O movimento baixista é intensificado pela relação receita/tonelada pago pela carne bovina no mercado internacional. Acendeu uma luz de alerta em toda a cadeia de produção, ao passo em que a China está pressionando os preços dos contratos de importação da carne e a indústria frigorífica no Brasil observa um forte recuo na paridade de preços para exportação e no mercado doméstico. Para evitar estoques, os frigoríficos estão distribuindo os volumes de abates diários em mais dias. Já há relatos, inclusive, de operações prontas até o final de novembro.

Entretanto, estes avanços em sua maior parte são derivados de um ritmo menor de abate diário e a diluição dos volumes de boiada ao longo da semana. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 269,00 e R$ 277,00 por arroba à vista e a R$ 280,00 por arroba. Os preços ainda se mantêm estáveis, apesar da pressão das indústrias. No atacado, a demanda na ponta final segue abaixo da expectativa de agentes, o que vem dificultando uma reação nos preços. Além disso, a maior oferta de bois para abate também acaba resultando em pressão sobre os valores da carne. A carcaça casada de boi apresenta estabilidade no acumulado da parcial deste mês, com média de R$ 19,39 por Kg.