27/Out/2022

O mercado físico registra apenas negócios pontuais. As escalas de abate estão confortáveis, a oferta de bovinos aumentou e o escoamento de carne bovina no mercado doméstico segue fraco. Os pecuaristas seguram as boiadas para evitar maiores quedas no boi gordo. O mercado do boi gordo deve se manter pressionado neste fim de outubro, assim como o mercado futuro da B3. O que pode suavizar esse declínio é uma eventual reação no escoamento de carne bovina no mercado interno. No mercado doméstico, a expectativa é em relação às festas de fim de ano, ao pagamento de parte do 13º salário e à possibilidade de melhora da economia nacional.

No mercado externo, as projeções para as vendas de outubro não são animadoras, com queda no preço pago na tonelada da proteína. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 269,00 e R$ 274,80 por arroba à vista e a R$ 280,00 por arroba a prazo. A pressão sobre o preço do boi gordo é reflexo da queda no valor da tonelada da carne bovina destinada ao mercado externo. O cenário é de cautela, tanto na ponta compradora quanto na vendedora. Dados de exportação de carne bovina vêm registrando desempenhos menores a cada semana em termos de precificação. Isso acende um sinal de mudança no comportamento e no apetite chinês.

Na comparação com semanas anteriores, os preços de venda no mercado externo registram forte queda, em parte explicada pelo menor ritmo de demanda da China em função da depreciação da moeda chinesa frente ao dólar no mercado global. Os preços pagos pela carne brasileira comprada pelos chineses reduziram em média 13% ante o primeiro trimestre deste ano. Outro fator que exerce pressão é a oferta de bovinos terminados em confinamento, durante a temporada de segundo giro, que deve mexer com o mercado até novembro. Apesar de não ser uma quantidade significativa, é suficiente para pressionar os preços, devido a pouca saída de carne bovina. Em São Paulo, no atacado, os preços estão estáveis. O dianteiro está cotado a R$ 16,10 por Kg. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.