21/Out/2022

Os preços do boi gordo seguem estáveis, principalmente porque a indústria tem reduzido suas compras para não ficar com excesso de estoque de carne. Por outro lado, os pecuaristas optam por segurar suas boiadas e evitar novas quedas na arroba em meio ao fraco apetite dos frigoríficos. A queda de braço deve permanecer no curto prazo. No radar do mercado, a demanda chinesa segue como ponto de atenção entre os participantes.

Apesar dos recordes registrados nos últimos meses, e do bom ritmo dos embarques neste mês, o que se observa neste momento é a pressão chinesa sobre os preços internacionais da proteína. O avanço do dólar ante as principais moedas contribuiu significativamente para reduzir boa parte do poder de compra dos chineses. Os contratos começam a ter recuos nos preços em dólares por toneladas. Quanto ao consumo interno, a lentidão observada na segunda quinzena deste mês deve se manter até o final de outubro. Muitas unidades estão com programação pronta até o dia 31 de outubro.

Até lá, os frigoríficos devem permanecer atuando de forma cadenciada nas compras e limitando os volumes adquiridos, com foco em manter equalizada a produção e evitar formação de estoque. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 276,00 e R$ 286,40 por arroba à vista e a R$ 288,00 por arroba a prazo. As indústrias pressionam para negociações abaixo das máximas vigentes. No atacado, o traseiro do boi segue estável em R$ 21,10 por Kg.