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20/Out/2022

Suíno: poder de compra do suinocultor sofre recuo

Apesar das recentes altas nos preços do suíno vivo em todas as regiões, a média de negociação do suíno nesta parcial de outubro ainda está inferior à registrada em setembro. Com isso, o poder de compra do suinocultor frente aos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, vêm recuando em outubro. Este é o segundo mês seguido de piora na relação de troca. Na média de outubro, o suíno vivo é negociado a R$ 6,86 por Kg na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), com recuo de 1% em relação à média de setembro e 5,1% abaixo da de outubro de 2021, em termos nominais. Em Santa Catarina, na região oeste, o suíno é comercializado a R$ 6,63 por Kg, em média, pequeno avanço de 1,6% frente ao mês anterior, mas retração de 1,2% em comparação à de outubro de 2021. No mercado de milho, a demanda internacional pelo cereal brasileiro está aquecida, devido a preocupações com a escalada nos conflitos relacionados à região do Mar Negro e à colheita nos Estados Unidos, que ainda segue em ritmo inferior ao registrado na temporada passada.

Por outro lado, a demanda doméstica está enfraquecida. Os consumidores brasileiros ainda não apresentam interesse tão ativo, tendo em vista que estão atentos ao bom andamento da safra verão (1ª safra 2022/2023) e aos estoques de passagem confortáveis da atual temporada. Diante disso, na parcial de outubro, o Indicador ESALQ/BM&F (Campinas - SP) tem média de R$ 83,92 por saca de 60 Kg, leve recuo de 0,2% frente a setembro e 6,7% inferior à média de outubro/2021, em termos nominais. No mercado de lotes da região de Chapecó (SC), o cereal é comercializado a R$ 92,20 por saca de 60 Kg em outubro, aumento de 1,6% frente ao do mês anterior, mas queda de 0,2% em relação a outubro/2021. Quanto ao farelo de soja, os preços têm avançado no mercado interno, devido às recentes chuvas nas principais áreas de cultivo da oleaginosa no Brasil, que têm interrompido os trabalhos de campo, e às valorizações externas, diante de estimativa indicando menor oferta norte-americana. Com isso, o derivado é negociado em Campinas (SP) a R$ 2.711,16 por tonelada em outubro, avanços de 2,6% na comparação mensal e de expressivos 14% na anual, em termos nominais.

Em Chapecó (SC), o farelo é negociado à média de R$ 2.697,17 por tonelada neste mês, respectivas valorizações de 5,2% e de significativos 22,7%. Assim, considerando-se o suíno negociado na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e os insumos comercializados no mercado de lotes da região de Campinas, o suinocultor pode comprar 4,91 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno vivo nesta parcial de outubro, quantidade 0,8% menor que a de setembro, porém, 1,7% maior que a de outubro/2021. De farelo de soja, o suinocultor consegue adquirir 2,53 Kg, recuo mensal de 3,5% e anual de 16,7%. Em Chapecó (SC), neste mês, o suinocultor consegue adquirir 4,31 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno vivo, a mesma quantidade de setembro, mas 1% a menos que em outubro/2021. De farelo de soja, o suinocultor consegue comprar 2,46 Kg em outubro, volume 3,5% menor que o de setembro e 19,5% inferior ao de outubro/2021. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.