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20/Out/2022

Boi: preços sofrem pressão do aumento das ofertas

O mercado do boi gordo segue com preços pressionados e pouca movimentação. A oferta aumentou e isso reforça o poder de barganha da indústria, que conta com escalas de abate preenchidas para os próximos 10 dias no mínimo. Paralelamente, no atacado, a movimentação é inconsistente, mas os cortes continuam com preços estáveis. Em relação à demanda internacional por carne bovina, pode haver uma leve queda no apetite chinês entre novembro e dezembro. Muitas unidades de abate, sobretudo exportadoras, se preparam para o período de entressafra, obtendo boa cobertura de oferta de bois a termo, o que tende a diminuir a necessidade de compras.

No mercado doméstico, há espaço para uma melhora no consumo da carne bovina com uma perspectiva de dados positivos nos índices econômicos. Isso pode ajudar a fomentar a comercialização até o fim do ano. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 276,00 por arroba à vista e a R$ 288,00 por arroba a prazo. Grande parte das unidades de abate do Estado dispõe de bois a termo, o que ainda permite mantê-las ausentes dos negócios no mercado spot. A maior pressão está acontecendo com a chegada de lotes de Estados vizinhos em razão do diferencial de preços.

Há relatos de que pecuaristas do Mato Grosso do Sul estariam colocando bovinos em boitéis pertencentes a frigoríficos de São Paulo para terminação, de olho no maior rendimento de carcaça da boiada com o objetivo de angariar preços maiores por estes lotes. No restante do País, os ajustes nos preços são contidos e a estabilidade predomina em boa parte das regiões pecuárias. Em São Paulo, no atacado, o traseiro do boi está cotado a R$ 21,10 por Kg. A chegada da segunda quinzena de mês reduz novas aquisições por parte da população. Ainda não há relatos de sobras de mercadoria nos entrepostos. Os preços dos principais cortes bovinos seguem estáveis.