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17/Out/2022

Ovos: setor comemora o crescimento do consumo

Neste ano, o Dia Mundial do Ovo foi celebrado no dia 14 de outubro. A data é comemorada nas segundas sextas-feiras de outubro de cada ano. No Brasil, as celebrações envolvem produtores, entidades estaduais de avicultura e membros do Instituto Ovos Brasil, até apreciadores e entusiastas da proteína animal cujo consumo foi o que mais cresceu nos últimos quinze anos. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2007, cada brasileiro consumia 131 unidades por ano. Entretanto, este índice praticamente dobrou, estando hoje em 257 unidades anuais, conforme último levantamento setorial, realizado em 2021. Os investimentos em produtividade e as fortes campanhas de esclarecimento sobre as propriedades do produto foram determinantes para que o ovo se transformasse em alimento prioritário na dieta média da população brasileira.

Antes havia estigmas severos sobre o ovo, com informações equivocadas relacionando-o ao aumento de colesterol e outros malefícios à saúde. No início da década passada, a ciência entrou em campo e reverteu esta desinformação, mostrando que, na verdade, o ovo é o alimento mais completo na natureza, depois do leite materno. A partir disso, um amplo trabalho de esclarecimento pautado por informações científicas e pela ampliação da capacidade produtora do Brasil foi estabelecido, e permitiu disponibilizar à população oferta de produtos que superam a média global de consumo, que é de 230 unidades. Hoje, o Brasil é o sexto maior produtor de ovos do planeta. São produzidos no País 1.743 ovos por segundo, tendo como base a produção total de 2021, com 54,973 bilhões de unidades. Os principais Estados produtores são: São Paulo (29,6% do total), Minas Gerais (10,5%), Espírito Santo (9,1%), Pernambuco (8,1%) e Rio Grande do Sul (5,8%), mas há polos de produção espalhados em todo País.

Em torno de 99,5% da produção nacional é destinada ao mercado interno, sendo exportado apenas 0,5% do total. Apesar disso, o produto brasileiro tem conquistado cada vez mais espaço no mercado internacional, com exportações acumulando alta de 13,5% até agosto de 2022. O ovo é, hoje, estratégico para a segurança alimentar do Brasil, com praticamente toda a produção sendo destinada ao mercado interno. Entretanto, com as fortes altas nos custos de produção, com preços históricos do milho e do farelo de soja, o setor viu no mercado internacional uma oportunidade de equilibrar as contas, o que também tem gerado divisas importantes para o País. Com a melhora nos estoques de passagem dos grãos este ano, em relação à safra passada, o setor espera que ocorra uma melhora na capacidade competitiva do ovo, mantendo seu papel como proteína acessível e fundamental para a nutrição da população brasileira. Fonte: ABPA. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.