11/Out/2022

A perspectiva para esta semana é de preços firmes para o boi gordo em São Paulo. Há possibilidade de novas altas no médio prazo, mas isso deve acontecer gradativamente. Com o feriado de Nossa Senhora Aparecida nesta quarta-feira (12/10), não é esperado um grande volume de negociação, o que deve manter o mercado em ritmo lento nos próximos dias. Os frigoríficos de grande porte, que fecharam contratos antecipados de boi a termo, fazem a manutenção de suas escalas de abates. Paralelamente, as indústrias de médio e pequeno porte chegam a fazer lances acima das indicações para o boi gordo no Estado, mas de forma pontual.

Do lado da oferta, a chegada de gado oriundo da segunda rodada de confinamento pode aliviar a ponta compradora e limitar a movimentação de alta. Essa oferta deverá ser menor que em 2021 e, se a demanda doméstica ganhar corpo nos últimos meses do ano, em meio à expectativa positiva para as exportações, há espaço para firmeza nas cotações do boi gordo. A dificuldade de indústrias que atendem o mercado interno em adquirir boiadas e alongar suas escalas de abate resulta em alta para o boi gordo em São Paulo, que está cotado a R$ 279,00 por arroba à vista e a R$ 298,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, algumas plantas frigoríficas têm que operar com preços mais firmes para avançar com suas escalas de abate. Tão logo conseguem evoluir as compras, optam em se ausentar dos negócios.

Na maior parte das regiões, o cenário é de estabilidade nas cotações. Quanto ao atacado, nos últimos sete dias, os mercados varejistas em São Paulo, Paraná e Minas Gerais apresentam, respectivamente, altas de 0,1%, 0,7% e 0,3% na média dos cortes monitorados. No Rio de janeiro, há ajuste negativo de 0,8% no mesmo comparativo. As quedas de preços pontuais podem estar associadas à tentativa de aumentar o escoamento local. Para o curto prazo, a tendência é de preços firmes e altas pontuais não estão descartadas. Entretanto, podem ocorrer promoções adiante, buscando melhora no escoamento no mercado interno.