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23/Set/2022

Boi: rebanho brasileiro teve crescimento em 2021

De acordo com dados da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2021, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (22/09), o rebanho bovino brasileiro alcançou um recorde de 224,6 milhões de cabeças em 2021, uma alta de 3,1% em relação a 2020, o terceiro ano de avanços consecutivos. O ano de 2021 foi de grandes desafios para a pecuária nacional. O aumento dos custos de produção, principalmente do milho e do farelo de soja, afetou o poder de compra do produtor e levou ao aumento no preço das proteínas. As exportações de carnes, por sua vez, estiveram aquecidas durante o ano, alavancadas pela desvalorização do real frente ao dólar, com crescimentos tanto no volume quanto no faturamento das carnes de frango e suína exportadas.

No entanto, o embargo chinês à carne bovina brasileira de setembro a dezembro de 2021, devido a dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença conhecida como 'vaca louca', levou à queda do volume exportado da proteína, mas, apesar do entrave, alcançou novo recorde em faturamento do produto exportado. Em relação a 2020, os maiores aumentos em termos absolutos no efetivo de bovinos ocorreram nos estados da Bahia (mais 2,0 milhões de bovinos), Pará (1,5 milhão de bovinos) e Tocantins (1,0 milhão de bovinos). O Mato Grosso tinha 32,4 milhões de cabeças bovinas, o equivalente a 14,4% do efetivo nacional, seguido por Goiás (10,8%) e Pará (10,7%).

O ano de 2021 foi marcado pela retenção de fêmeas para produção de bezerros, assim como em 2020; pela queda no abate de bovinos, devido à falta de bovinos prontos para o abate; e pela queda nas exportações. A Região Centro-Oeste concentrava 75,4 milhões de cabeças, o equivalente a 33,6% do rebanho nacional. A Região Norte teve o maior aumento em termos absolutos, chegando a 55,7 milhões de bovinos, correspondente a 24,8% do total nacional, enquanto o maior crescimento percentual (alta de 9,5% ante 2020) ocorreu na Região Nordeste, para uma fatia de 13,9% do rebanho brasileiro. A Região Sul, com 10,5% do rebanho, foi a única região com queda, -1,8% ante 2020.

O aumento na Região Norte veio principalmente dos estados do Pará e Tocantins e, na Região Nordeste, do estado da Bahia. O município de São Félix do Xingu, no Pará, manteve a liderança do ranking municipal de efetivo de bovinos, com 2,5 milhões de cabeças, o equivalente a 10,3% do efetivo Estado, 4,4% da Região Norte e 1,1% do total brasileiro. O segundo lugar foi de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, com 1,8 milhão de bovinos 9,9% do efetivo estadual, seguido por Marabá, no Pará, com 1,5 milhão de bovinos, 6,2% do rebanho paraense. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.