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22/Set/2022

Boi: exportações de carne aquecidas em setembro

A demanda chinesa por carne bovina segue bastante aquecida neste ano. E o Brasil, que consegue ofertar uma carne de qualidade, a preços competitivos e em volumes elevados, segue fornecendo quantidades recordes da proteína ao país asiático. De janeiro a agosto, o volume de carne bovina enviado pelo Brasil à China soma 781,62 mil toneladas, aumento de 8,04% frente ao do mesmo período de 2021, sendo também um recorde para esse período, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Ressalta-se que agentes do setor acreditam que os envios sigam intensos nos próximos meses, tendo em vista o típico aumento nas exportações à China no segundo semestre. Em agosto, especificamente, os embarques brasileiros de carne ao país asiático somaram 130,88 mil toneladas, um recorde histórico e representando mais da metade (57,2%) de toda a quantidade escoada a todos os destinos (de 228 mil toneladas).

Como comparação, em agosto de 2021, quase 106 mil toneladas foram enviadas à China e, no mesmo mês de 2020, apenas 78,2 mil toneladas. Nesta parcial de setembro, as vendas externas de carne in natura a todos os destinos seguem altas, já atingindo 114,06 mil toneladas. Esse montante representa 61% do que foi escoado em todo o mês de setembro de 2021 (186,99 mil toneladas). A atual média diária de exportação está em 10,36 mil toneladas, 16,45% acima da de setembro/2021. Outro destaque em relação ao mercado chinês é o crescente valor pago pela carne brasileira. O preço médio pago em agosto/2022 está 9% superior ao registrado em agosto/2021, a US$ 6,52 por Kg. A média de preço pago pela China é 9,77% maior que a média geral recebida pelo mercado brasileiro pelas vendas a outros destinos. É importante pontuar que a média de preços pagos pela China de janeiro a agosto deste ano é de US$ 6,76 por Kg, chegando a atingir, em junho/2022, US$ 7,33 por Kg, como reflexo da necessidade chinesa pelo produto brasileiro.

Com volume e preços médios mais elevados, a receita obtida até agosto com as vendas de carne bovina para a China atingiu US$ 5,31 bilhões, correspondendo por 60,57% do total arrecado pelo Brasil em 2022. Mesmo ainda restando alguns meses para o encerramento do ano, a receita de 2022 já está 35,9% acima da recebida em todo 2021. A dependência chinesa em relação ao Brasil ao longo dos últimos três anos (vale lembrar que a China se torna o principal destino da carne brasileira em agosto de 2019) traz a expectativa de uma continuidade do comércio também ao longo de 2023. Quanto aos demais países, os destaques em agosto foram o Chile, que se tornou o segundo maior destino da carne bovina brasileira no mês passado, comprando 9,109 mil toneladas, seguido por Hong Kong (9,01 mil toneladas) e Estados Unidos (7,223 mil toneladas). De janeiro a agosto, o mercado norte-americano é o segundo maior destino, com os envios somando 91,999 mil toneladas, crescimento de 38,35% frente ao mesmo período do ano passado. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.