13/Set/2022

Sem perspectiva de um aumento significativo da demanda de boi prontos para abate, o mercado físico do boi gordo pode registrar novas baixas nesta semana. Parcela importante da indústria conta com escalas de abate alongadas e por isso a comercialização pode ficar ainda mais lenta. Apesar de exportações firmes, o mercado do boi segue pressionado, sem sinais de reação, mesmo com expectativas positivas para o consumo doméstico. Fato é que, após dois anos de forte retenção de fêmeas, a oferta aumentou.

O consumo doméstico, na contramão do setor exportador, tem pesado no escoamento da produção e será fundamental para a precificação no mercado boi gordo adiante. As expectativas são positivas, com índice de desemprego baixo, eleições, Copa do Mundo, empregos temporários e com a perspectiva de oferta menor até outubro. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre 283,50 e R$ 288,00 por arroba à vista e a R$ 300,00 por arroba a prazo. No geral, o volume comercializado nos últimos dias é considerado baixo.

As escalas de abate estão em uma média de 11,6 dias em São Paulo. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 285,00 por arroba a prazo. No Pará, o boi gordo é negociado a R$ 268,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, a expectativa é de estabilidade nos preços dos principais cortes, mas com possibilidade de incremento na demanda por carne bovina e menor oferta de bovinos para abate. Altas pontuais não estão descartadas no curto prazo. Os preços se mantêm estáveis nos últimos sete dias.