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09/Set/2022

Boi: China deverá reduzir as importações em 2023

De acordo com o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim, a China vai reduzir suas importações de carne bovina em 19,3%, passando de 3,1 milhões de toneladas neste ano para 2,5 milhões de toneladas em 2023. A medida é reflexo de uma economia fraca, incertezas sobre restrições relacionadas à Covid-19, além de preços fortes para a proteína em 2023. Os importadores estocaram produtos de carne bovina, em alguns períodos de 2022, quando o governo chinês impôs restrições, por meio da política "Covid zero" nas principais cidades do país. A medida também fez com que a economia se desacelerasse na região. Além disso, no primeiro semestre de 2022, os preços de importação de carne bovina cresceram mais de 37%, causando dificuldades para muitos importadores. No segundo semestre deste ano, fontes do USDA observam que alguns compradores podem vender a proteína abaixo do preço de compra para evitar custos de refrigeração e armazenamento.

O mercado de carne bovina importada da China é dominado por Brasil, Argentina, Uruguai, Nova Zelândia, Austrália e Estados Unidos. Medidas de desinfecção e certificação permanecem em vigor em todo o país, sobrecarregando produtos importados, incluindo carne bovina, para passar pela alfândega e cruzar as fronteiras provinciais. O consumo de carne bovina deve diminuir 3% em 2023, para 9,9 milhões de toneladas. Importações menores e economia fraca explicam o cenário. A carne bovina é considerada um produto de luxo pelos consumidores e espera-se que ela seja mais afetada pelas perspectivas econômicas do que pelo preço. A perspectiva é de que a carne bovina importada, normalmente de alta qualidade e cortes de músculo padronizados, permaneça popular entre os consumidores, especialmente em churrascos e em restaurantes sofisticados. A China vai abater, em 2023, cerca de 52,57 milhões de cabeças bovinas, alta de 0,14% ante projeção para 2022.

Estoques mais fortes aumentarão tanto a produção da pecuária de corte quanto a de carne bovina. Os abates devem aumentar neste ano. É esperado que os preços do bezerro recuem, mas sem afetar a produção do país. No próximo ano, espera-se que a China continue sofrendo com surtos de doenças que afetam o gado de corte e rebanhos leiteiros. As importações de gado vivo da América do Sul devem permanecer menores por diferentes razões, assim como as compras da Nova Zelândia. Consequentemente, as importações da Austrália dominarão o mercado, com potencial para crescimento adicional em relação a 2022. A produção de carne bovina deve crescer 4%, para 7,4 milhões de toneladas, com aumento da oferta e apoio de governos de algumas províncias chinesas para a produção de carne bovina, além de um atraso no abate causado por restrições da Covid-19 em 2022. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.