08/Set/2022

O mercado físico de boi gordo registra fraca movimentação, com estabilidade nos preços em boa parte do País. As indústrias permanecem fora das compras de gado, estabelecendo novas estratégias de atuação. A atenção do setor está no consumo doméstico de carne bovina. O feriado de 7 de setembro trouxe uma desaceleração além do usual para o mercado físico. A atuação deve ser cada vez mais comedida.

Boa parte dos frigoríficos possui escalas de abate alongadas, em média de 11 dias úteis. Apesar da estabilidade de preços, o viés é baixista para o mercado do boi gordo. A demanda por carne bovina no mercado doméstico ainda está enfraquecida, com tendência a pressionar os valores de referência no curto prazo. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 281,50 por arroba à vista e entre R$ 283,50 e R$ 300,00 por arroba a prazo. No Maranhão, a cotação é de R$ 272,00 por a arroba a prazo, reflexo da boa oferta de bovinos.

Em Mato Grosso, os compradores pressionam e o boi gordo está cotado a R$ 271,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação está entre R$ 270,00 e R$ 272,00 por arroba. Do lado da oferta, os pecuaristas optam por segurar os bois, mesmo com a piora na qualidade dos pastos, enquanto esperam condições de preços remuneradores. Apesar dos custos elevados para confinamento, com diárias em boitel com preços que variam de R$ 22,00 a R$ 24,00, os produtores adotam manobras para contenção da produtividade, visando diminuir riscos de perda de rendimento.

Em São Paulo, no atacado, a virada de mês, somado à expectativa de melhora no consumo de carne bovina, limita a queda nas cotações da carne e, com isso, os preços registram alta. A alta é puxada principalmente pelo dianteiro, que apresenta valorização de 2,8% nos últimos sete dias, a R$ 16,10 por kg. A carcaça casada de bovinos castrados está cotada a R$ 18,65 por Kg e a de bovinos inteiros, a R$ 17,92 por Kg, avanços de 0,8% e 2,2%, respectivamente, nos últimos sete dias. O traseiro está cotado a R$ 21,10 por Kg.