08/Set/2022

Os embarques brasileiros de carne suína, considerando-se produtos in natura e processados, atingiram volume recorde em agosto (tendo-se como base a série histórica da Secex, iniciada em 1997). Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil embarcou 114,7 mil toneladas de carne suína em agosto, superando a marca até então histórica, de 110,9 mil toneladas, que havia sido registrada em setembro de 2021. O volume embarcado em agosto foi 20,8% maior que o de julho e expressivos 27,6% acima do exportado em agosto de 2021. Em termos financeiros, a receita obtida com as exportações de carne suína somou R$ 1,37 bilhão, 16% maior que a arrecadada em julho e significativos 26,1% superior à de agosto/2021.

Quanto aos destinos da carne nacional, a China segue como o principal parceiro comercial do Brasil, somando volume de 49,2 mil toneladas em agosto, 28,1% acima do registrado em julho e o equivalente a 43% do total embarcado pelo Brasil durante o mês. Vale lembrar que, tradicionalmente, o país asiático eleva as aquisições no segundo semestre, visando a formação de estoques, devido a eventos festivos, como a Golden Week, ou Dia Nacional da China, que ocorre no começo de outubro, e o Ano Novo Chinês, comemorado entre janeiro e fevereiro. Além disso, outros importantes parceiros comerciais do Brasil também elevaram as aquisições em agosto, especialmente os de origem asiática.

Ainda, o último mês foi marcado pelo início de envios de carne suína nacional para um novo mercado, o Canadá, que foi destino de 50,8 toneladas. Apesar de o volume não ser expressivo, já evidencia resultados da busca do setor em tentar diversificar os parceiros comerciais da carne brasileira, e valida a qualidade do produto nacional, tendo em vista que o Canadá tem um dos maiores padrões de exigência do mundo. Quanto ao mercado doméstico da carne suína, agentes relatam melhora no volume de vendas neste início de mês, mas, ao tentar repassar preços maiores, ainda encontram resistência por parte de compradores. Em São Paulo, no atacado, a costela tem desvalorização de 1,5% nos últimos sete dias, e o carré, de 3,8%, com os produtos comercializados, respectivamente, a R$ 14,74 por Kg e a R$ 10,72 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.