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06/Set/2022

Boi: preço depende de reação no consumo interno

Com a forte desvalorização do boi gordo no mês passado, a indústria frigorífica está atenta à movimentação do atacado. As indústrias seguem com estoques cheios e escalas alongadas, que atendem, em média, 11 dias no País. A conjuntura deve manter os compradores fora do mercado ou com atuação tímida nesta semana, com a possibilidade de frigoríficos de grande porte manterem férias coletivas dos seus funcionários. O movimento tende a deixar os preços do boi gordo sob pressão no curtíssimo prazo. Há também oferta de bovinos de contratos "a termo", que atendem as necessidades das indústrias até a primeira quinzena do mês.

O mercado físico não dispõe de grandes ofertas de bovinos terminados devido ao período de entressafra. A atual cobertura de matéria-prima junto à indústria, no entanto, neutraliza a típica pressão altista do período. O abate de bovinos em 2022 deverá ser de 30 milhões de cabeças, alta de 2,7% na comparação anual, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Cenário que tem permitido, ao longo do ano, escalas confortáveis frente a um passado recente, somado a um consumo doméstico fraco, que segue pressionando o mercado do boi em plena entressafra. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 283,50 e R$ 300,00 por arroba a prazo.

No interior do Estado, há sinalização de preços no balcão abaixo das máximas vigentes, mas sem negócios expressivos nestes patamares. No Rio Grande do Sul, a cotação do boi gordo é de R$ 315,00 por arroba à vista, com indústrias gaúchas buscando lotes em Estados vizinhos. Em Tocantins, o mercado está mais firme e o boi gordo está cotado a R$ 270,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, a demanda é maior por cortes traseiros e de maior qualidade. Além disso, os preços estão aumentando nos últimos dias. O traseiro registra alta de 2,2% nos últimos sete dias, com aumento da demanda varejista, que busca se abastecer para este início de setembro.