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30/Ago/2022

Rações: revisão na projeção de produção em 2022

O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) revisou para baixo sua estimativa para a produção do setor, com crescimento próximo a 1,5% neste ano. Em maio, a expectativa era de aumento de 3,5%, para 88 milhões de toneladas. Mesmo com a vacinação e diminuição do número de casos de Covid-19, muitos segmentos continuam a enfrentar dificuldades na retomada das atividades e remissão do prejuízo resultante. A produção de rações, concentrados e sal mineral no primeiro semestre seguiu aquém da esperada, o que atribuiu principalmente ao arrefecimento da demanda da cadeia produtiva de proteína animal (ovos e leite principalmente), bastante prejudicada por esse novo patamar de preço do milho, do farelo de soja e outros macro ingredientes da alimentação das poedeiras e vacas leiteiras, além da impossibilidade de repassar integralmente esse custo adicional, já que o preço pago ao produtor melhorou um pouco apenas mais recentemente.

A entidade citou a importação de aditivos (vitaminas, enzimas, aminoácidos, etc.), afetada pela excessiva desvalorização cambial e a interrupção do trânsito de mercadorias, por conta da escassez de contêineres e custo proibitivo do frete para movimentação das cargas. Em janeiro de 2020, antes da pandemia, um contêiner de vitaminas da China para o Brasil custava, em média, US$ 2.000,00, enquanto no segundo semestre de 2021 subiu até sete vezes e, em abril deste ano, alcançava US$ 12.500,00. No primeiro semestre, a demanda de rações para frangos foi de 17,9 milhões de toneladas, 3% menor que o ritmo de alojamento de pintainhos. A previsão é produzir 35,8 milhões de toneladas ao longo de 2022 e ainda avançar 1%. Para poedeiras, a produção de alimento de janeiro a junho somou quase 3,4 milhões de toneladas, 6% menos ante igual período do ano passado. A tendência de maior alojamento das poedeiras em produção durante o segundo semestre pode até redundar na produção de 6,9 milhões de toneladas e amenizar o retrocesso para o nível de 4% ao longo de 2022.

Com o aumento do abate de suínos, a demanda por rações avançou 6,5% e atingiu 9,6 milhões de toneladas nos seis meses. Apesar do descompasso entre o custo de produção e o preço pago pelo suíno vivo ao produtor, é possível alcançar durante todo o ano de 2022 cerca de 20,5 milhões de toneladas de rações para suínos e ainda avançar 4% em relação ao que foi produzido em 2021. Para a bovinocultura leiteira, a produção foi de pouco mais de 2,6 milhões de toneladas de rações. A possível melhora nas pastagens, no preço dos grãos, no incentivo ao poder de compra do consumidor, e principalmente no preço do leite pago ao produtor, pode redundar na demanda de 6,2 milhões de toneladas de rações, montante ainda 3% menor quando comparado àquele produzido em todo ano passado. Para a bovinocultura de corte, de janeiro a junho foram produzidas 2,35 milhões de toneladas de rações. Somado ao previsto para o segundo semestre, pode resultar no montante de 5,9 milhões de toneladas, ou seja, um avanço de 3% durante o ano de 2022. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.