26/Ago/2022

Em sua mais recente avaliação acerca das tendências de produção, importação, exportação, oferta interna total e consumo per capita de carnes na União Europeia, o braço executivo do bloco, a Comissão Europeia (CE), estima que a produção de carne de bovina tende a decrescer em torno de 0,5%, não, necessariamente, por conta dos altos custos, mas devido a ajustes estruturais nas pecuárias de corte e de leite. As exportações do produto para os mercados com maior poder aquisitivo deverão aumentar, mas serão afetadas pelos preços recordes ora registrados internamente.

E como o preço afeta até mesmo o consumidor interno, a União Europeia deve elevar em de 15% suas importações, que devem ser supridas pelas ofertas brasileiras. Principal carne produzida, exportada e consumida pelos europeus, a carne suína sofre implicações de ordem ambiental, de preço (devido aos elevados custos de produção) e de consumo (interno e externo, em decorrência, ainda, dos casos de peste suína africana - PSA).

Daí a previsão de queda na produção, na exportação e no consumo per capita. As exportações, direcionadas para a China, agora têm como principal destino o Reino Unido. Quanto à produção avícola é prevista estabilidade em 2022. O que possibilita essa estabilização é o fato de os preços alcançados pelo frango compensarem não só os custos elevados, mas também as perdas decorrentes dos contínuos surtos de Influenza Aviária de alta patogenicidade.

As exportações para o Reino Unido voltaram aos níveis pré-Brexit, mas a União Europeia vem perdendo mercados. Quanto às importações, tendem a retornar aos mesmos níveis registrados entre 2016 e 2019 (com a pandemia, recuaram em 2020 e 2021). O ano de 2022 será negativo para a União Europeia, com queda na produção (-2,6%), exportação (-5,5%) e consumo per capita (-2,4%) e, para compensar as perdas, aumentam as importações (+15,9%). Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.