ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Ago/2022

Lácteos: preços estão registrando queda em agosto

O mercado de lácteos teve mais uma valorização em julho, com alta generalizada de preços. O valor de referência, usado como base na negociação entre produtores e indústrias, registrou alta de 17,2% para o leite padrão entregue em julho e pago em agosto. Nas últimas três semanas, no entanto, os preços estão recuando consecutivamente, acumulando baixa de 10,4%. Com isso, as projeções são de que o valor de referência fique em R$ 2,8195 por litro para o leite entregue em agosto a ser pago em setembro. Para julho, a expectativa era de preços recordes. Esse alta se confirmou, mas em agosto o mercado mudou. Agora, há baixa significativa em derivados importantes.

Neste ano, há uma menor captação em relação a anos anteriores. Isso corrobora para preços mais elevados. A interrupção na sequência de altas se deve ao desempenho de produtos, como muçarela, leite UHT e queijo prato (três itens mais comercializados no Paraná) que exercem um peso maior no cálculo do valor de referência do leite. Após terem tido alta expressiva em julho, esses derivados têm queda significativa em agosto: o UHT caiu 17%; o muçarela recuou 10%; e o queijo prato, 4,7%. Ainda assim, esses produtos seguem com valores nominais bem acima dos registrados no início do ano. Alguns derivados que não têm comercialização tão expressiva perderam menos preço. É o caso do requeijão, que permanece estável; do parmesão, que tem recuo de 1,2%; da bebida láctea, que apresenta queda de 1,1%; e do creme de leite, de 2,1%.

Apenas quatro itens do mix de comercialização mantêm a alta: leite pasteurizado (2,4%); leite em pó (12,2%); doce de leite (4,2%); e iogurte (2,1%). Por um lado, a queda está atrelada ao poder aquisitivo da população. Por outro, o setor passa por um momento difícil, pressionado por aumentos consecutivos dos custos de produção e desafios externos. O setor enfrenta uma série de dificuldades, como questões climáticas e desestímulos ao setor, culminando com muitos produtores abandonando a atividade. Neste momento, a queda tem a ver mais com o fato de os preços terem batido no teto para o consumidor do que com questões relacionados à produção. Fonte: Faep. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.