24/Ago/2022

Vacinar aves comerciais contra a Influenza Aviária altamente patogênica (HPAI) ainda não é uma prática permitida nos Estados Unidos, mas é uma ideia que parece estar encontrando cada vez menos oposição. Como muitos países não aceitam a importação de aves e/ou de produtos avícolas provenientes de regiões onde a vacinação é realizada, tradicionalmente tem havido oposição aos programas de vacinação. Mas, como o surto de HPAI continua se disseminando nos Estados Unidos em 2022, há quem, na indústria avícola, e mais especificamente na indústria de perus, esteja repensando essa oposição.

Em 2022 e até agora, o estado do Kansas só teve um rebanho comercial afetado pela HPAI e foi em uma criação comercial de perus. A indústria de perus, como um todo, tem sido mais atingida pelo HPAI do que a indústria de frangos de corte, tanto no presente quanto em surtos passados. Entre os produtores de peru há posição favorável para a vacinação. Há muita discussão em torno desse assunto e algumas empresas na Europa também começam a avaliar essa possibilidade. Os perus são muito suscetíveis a esse vírus. Por isso, aventam a hipótese de vacinação mais do que a indústria do frango, que não teve tantos casos.

A indústria de frangos dos Estados Unidos atua intensivamente no comércio internacional e, por isso, não está tão animada no tocante à vacinação. Mas, para os produtores que enfrentaram problemas por conta de uma infecção por gripe aviária, é mais fácil ver os benefícios potenciais da vacinação. Os surtos de HPAI são desafiantes até mesmo para os contribuintes, que têm que pagar a conta pelos prejuízos causados pela doença. Daí concluir que se essa situação continuar todos os anos, ou a cada poucos anos, será necessário olhar para a vacinação. Fonte: Watt Global Media. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.