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23/Ago/2022

Boi: preços estão estáveis em mercado esvaziado

Os preços do boi gordo estão praticamente estáveis no mercado físico, após quedas generalizadas. No curto prazo, a expectativa é de que a pressão baixista permaneça, pelo fato de as indústrias contarem com escalas de abate confortáveis e pelo fraco escoamento de carne bovina no mercado doméstico. Os frigoríficos têm reduzido suas compras de bois para não ficarem com excesso de estoque. A indústria analisa a comercialização do produto para definir a estratégia de compra dos próximos dias. Minas Gerais é o Estado do País que conta com escalas de abate mais alongadas, com 19,7 dias em média.

Na sequência estão São Paulo, com 15,8 dias, Goiás, com 12 dias, Mato Grosso do Sul, com 11,8 dias, Pará, com 11 dias, e Rondônia, com 10 dias. No fim do ranking, estão Tocantins, com 8,9 dias, e Mato Grosso, com 8 dias. O alongamento de escalas das indústrias resulta da oferta de boiadas oriundas de contratos a termo do primeiro giro de confinamento. Outros fatores são as férias coletivas em seis unidades da JBS no País, que atendem ao mercado interno, e um aumento na oferta de fêmeas no primeiro semestre deste ano.

Os pecuaristas confinadores da Região Centro-Sul já estão com uma oferta mais enxuta, após as liquidações ao longo do mês. Agora, iniciam movimentos de contenção de lotes para diminuir maiores recuos no preço da arroba. Eles não cedem à pressão baixista vigente e devem aguardar preços mais altos para retornar aos negócios. Há expectativa de recorde para as exportações (volume e faturamento) em 2022, enquanto o mercado doméstico, responsável por 70% do escoamento da produção de carne, está no pior patamar de consumo da história brasileira.

O escoamento da carne no mercado doméstico, em curto e médio prazos, será o direcionador dos preços no mercado. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 288,50 por arroba à vista e a R$ 300,00 por arroba a prazo. No atacado, as cotações dos principais cortes registram baixa de 0,3% nos últimos sete dias. O movimento é puxado pelos cortes de traseiro, que têm baixa de 0,6%, enquanto os cortes de dianteiro seguem firmes, com incremento de 0,3% na mesma base comparativa.