22/Ago/2022

Os preços do boi gordo estão pressionados. A demanda por lotes, já enfraquecida pelo fato de que a grande indústria tem escalas de abate bastante confortáveis, tende a cair ainda mais no mercado físico nesta segunda quinzena do mês. No atacado, são esperados reajustes pontuais, com vendas de carne aquém do esperado para esta época do ano. As escalas de abate das indústrias já estão fechadas para o mês de agosto e o consumo no mercado doméstico continua deixando a desejar.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 288,50 por arroba à vista e a R$ 300,00 por arroba a prazo. Para o bovino com destino a exportação, há tentativas de compra abaixo da referência de R$ 305,00 por arroba, mas com baixa efetividade nas negociações. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 282,00 por arroba a prazo. A continuidade das férias coletivas em duas plantas da JBS no Pará, em Tucumã e Redenção, está exercendo pressão sobre os preços do boi gordo no Estado e o boi gordo está cotado a R$ 265,00 por arroba.

Em Mato Grosso, a ausência de grandes players compradores de gado leva à queda nos preços. O excesso de produção de carne bovina traz desequilíbrio ao quadro de oferta e demanda. O fraco consumo no mercado doméstico limita a procura por gado gordo neste período do mês. As indústrias se antecipam e ajustam suas operações de produção. O resultado são os preços sob forte pressão em pleno período de entressafra do boi.

Em relação a demanda internacional, o mercado espera que as exportações de carne bovina continuem registrando volumes robustos. Operações que atendem o mercado externo devem continuar como principal driver na dinâmica de produção nacional. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes seguem estáveis. As vendas são consideradas fracas e não mais razoáveis. Os próximos dias podem trazer redução nos preços. O traseiro está cotado a R$ 21,60 por Kg.