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22/Ago/2022

Boi: férias da JBS pressionando os preços futuros

Segundo o Itaú BBA, a informação de que a JBS deu férias coletivas aos funcionários de seis plantas frigoríficas pelo País segue pressionando os contratos futuros do boi gordo negociados na B3. O contrato com vencimento em outubro, por exemplo, referência da entressafra, voltou para os R$ 310,00 por arroba, vindo de R$ 328,00 por arroba há poucos dias. Vale lembrar que este contrato chegou a ser negociado a R$ 350,00 por arroba em meados de março, o que deixa um gosto amargo para os confinadores que terão entregas neste mês e não dispunham de travas de preços.

A expectativa sobre os resultados dos confinamentos havia melhorado com a queda recente nos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago, combinada com a maior disponibilidade de gado magro. No entanto, o menor apetite dos frigoríficos no curto prazo piora a perspectiva para todo o segundo semestre. O confinador que havia se programado para confinar bovinos agora para entrega no último trimestre do ano terá que decidir entre travar o preço em um nível mais baixo ou apostar em uma elevação superior à que a curva futura projeta hoje.

O fluxo de exportações de carne bovina é considerado bom. Além disso, pode haver uma melhora da demanda interna nos próximos meses, em função do auxílio governamental, eleições e copa do mundo. Tais fatores poderão garantir algum espaço para a recuperação dos preços do boi gordo no mercado físico, desde que o fechamento de plantas da JBS não seja duradouro. O momento é de definição por parte dos produtores para o segundo giro da engorda intensiva, de modo que, caso a curva futura não se altere muito no curto prazo, o movimento modere a oferta de bovinos acabados no quarto trimestre de 2022. Ainda assim, não haverá escassez de gado para o fim do ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.