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19/Ago/2022

Boi: preços sofrem baixas com pressão da indústria

No mercado físico do boi gordo, a negociação está avançando, com liquidez suficiente para alongar escalas de abate das indústrias. Em boa parte das regiões pecuárias do País, os preços registram recuo. Os frigoríficos atuam de forma limitada, com a estratégia de fazer negócios abaixo das referências. Os pecuaristas confinadores, por sua vez, que não estão com maior cobertura de contratos a termo, liquidam parte de sua produção para garantir margens mínimas e evitar maiores custos no cocho. Apesar de a demanda doméstica por carne bovina registrar incremento neste início de mês, a procura não é suficiente para absorver grandes estoques.

Em São Paulo, o boi gordo segue sendo negociado a R$ 293,50 por arroba à vista. Para bovinos com destino à exportação, o preço registra recuo, a R$ 305,00 por arroba, reflexo de escalas confortáveis para o período e um incremento na oferta de gado de confinamento. No Espírito Santo, que tem o mercado interno como principal destino de sua produção, as indústrias pressionam os preços e o boi gordo está cotado a R$ 280,00 por arroba a prazo. Na Bahia, o boi gordo está cotado a R$ 270,00 por arroba a prazo.

O abate de bovinos no Brasil neste ano foi balizado pela pujante demanda externa por carne bovina, que consome cerca de um terço da produção nacional. Qualquer inconsistência nas vendas da proteína ao mercado externo gera, imediatamente, acúmulo no volume de oferta disponível. O mercado doméstico, por sua vez, não consegue enxugar o volume, o que prejudica a dinâmica do setor. Em São Paulo, no atacado, a procura por reposição pela cadeia de distribuição e varejo segue lenta. Como habitualmente ocorre na segunda metade do mês, a retração comum do período já é esperada pelo mercado. Os preços dos principais cortes permanecem estáveis, com o traseiro cotado a R$ 21,60 por Kg.