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17/Ago/2022

Ovos: custos fazem produtor reduzir o alojamento

Segundo o Itaú BBA, com os custos de produção em alta, puxados principalmente pelos preços de milho e farelo de soja no mercado internacional, os produtores brasileiros de ovos estão reduzindo o alojamento de aves. Apenas no primeiro semestre deste ano, o volume alojado recuou cerca de 15% ante igual período do ano passado, de acordo com o Grupo Katayama que atua nos segmentos de avicultura, pecuária e fertilizantes orgânicos. Foi uma estratégia necessária, diante do aperto de margens. E no final disso, com uma redução de oferta, houve também um reajuste nos preços.

O mês de agosto começou com recorde nos preços dos ovos no atacado. Os ovos estavam cotados a R$ 158,50 por caixa com 30 dúzias, para retirada nas granjas no estado de São Paulo. Mostra o cenário que o setor vinha vislumbrando, com enxugamento da oferta no segundo semestre. O setor também deve ser beneficiado com o recuo nos preços dos grãos, o que pode significar um alívio. Entre as proteínas animais, o consumo de ovos no Brasil foi um dos que mais cresceu nos últimos anos. A principal mudança é o papel do ovo na dieta do consumidor.

No passado, o ovo era considerado o “vilão” da saúde; hoje, passou de “vilão” para “mocinho”. Os mais jovens têm consumido mais ovos, o que é positivo, pois é um consumo que veio para ficar. A demanda por ovos cresceu também em razão da elevação dos preços das outras proteínas, como carne bovina, de frango e suína. Sobre as exportações do produto, o volume embarcado, menos de 1% da produção nacional, é pouco representativo. O ovo é muito frágil e a questão logística prejudica um pouco. Ainda mais nesse momento de falta de contêineres e custos elevados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.