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17/Ago/2022

Peixe: setor buscando elevar o consumo no Brasil

A Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR) prega um modelo de parceria verticalizada para aumentar o consumo de pescados no Brasil e ainda alavancar a exportação. Nos próximos anos, os criadores de peixes em tanques ou redes, têm um grande desafio: acelerar o cultivo e fazer essa proteína mais presente na mesa do consumidor. Atualmente, o brasileiro come, em média, 4 Kg per capita ao ano de peixes cultivados em redes ou tanques, entre todas as espécies. A média de consumo do brasileiro, incluindo os peixes capturados e cultivados, é de 10 Kg per capita ao ano, mas ainda longe das carnes bovinas, suínas e de aves, as mais consumidas no País e com um consumo de pelo menos o dobro desse volume. Mas, o setor acredita em uma virada.

Hoje, é quase obrigatório ter essa proteína no portfólio, e quando o supermercado vende pescado o produto mais fácil de comercializar são os peixes de cultivo, pela regularidade de preço, padrão e fornecimento. Um modelo vencedor de produção é se aliar às cadeias de aves e suínos. A entidade defende que criar peixe vai muito bem com suínos e aves. O cenário global mostra oportunidades para o País. Também na comparação com o consumo médio mundial de peixes, o consumo no Brasil fica para trás. O documento The State of World Fisheries and Aquaculture 2022, apresentado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) no dia 29 de junho, mostra que a pesca e a produção aquícola atingiram um recorde histórico de 214 milhões de toneladas em 2020, cerca de US$ 424 bilhões (R$ 2,15 trilhões na cotação atual), com um crescimento de 60% em comparação com a média na década de 1990.

Segundo a ONU, as pessoas estão consumindo mais alimentos aquáticos do que nunca, foram cerca de 20,2 Kg per capita em 2020 (mais que o dobro da taxa de consumo há 50 anos). Mas, não basta, porque ainda representam apenas 17% do consumo mundial de proteína animal. Estratégias do sistema alimentar regional e nacional, e políticas, devem ser uma parte vital da necessária transformação dos sistemas agroalimentares. Com estratégia e investimento certos, é possível aumentar a aquicultura em 35% até 2030, reduzindo drasticamente a dependência de estoques escassos de peixes selvagens. Fonte: Forbes. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.