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15/Ago/2022

Boi: preços estão pressionados no mercado físico

A pressão baixista prevalece no mercado do boi gordo. Os preços registram queda em boa parte do País. Os frigoríficos barganham e conseguem arrematar lotes por valores abaixo da referência, o que também ajuda a movimentar o mercado. Como já era de se esperar, após as férias coletivas em seis plantas da JBS, a pressão de baixa continua ditando o rumo dos negócios. Com o fim da safra, entre maio e junho, o que se observa agora é uma maior oferta de bois terminados, consequência da diminuição da capacidade de suporte das pastagens.

Além da oferta oriunda do primeiro giro de confinamento que começa a aparecer. Agora, é preciso ver o efeito que essa oferta vai gerar e em quais plantas. As escalas seguem em uma média de até 13 dias no País. Quanto ao consumo de carne bovina no mercado doméstico, o poder de compra da população brasileira ainda está comprometido como efeito da inflação. Do lado dos frigoríficos, a estratégia adotada tem sido manter a produção em bom ritmo, principalmente para atender ao mercado externo que continua remunerando bem o setor. A pressão no mercado físico se deve ao fato de se ter mais oferta e menos plantas em operação.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 293,50 por arroba à vista. O mercado ainda está "surpreso" com a decisão da JBS. Grande parte dos compradores está fora das compras e aqueles que estão presentes sinalizam preços menores. Bovinos com até quatro dentes, destinados à exportação, são negociados a R$ 310,00 por arroba. No atacado, apesar do fraco escoamento da proteína, os preços se mantêm estáveis. A carcaça do boi castrado é negociada a R$ 19,00 por Kg. Com a possível redução produtiva, o mercado da carne com osso no atacado segue atento aos próximos movimentos, mas sem definição de tendência no curto prazo.