08/Ago/2022

Os preços futuros do boi gordo na B3 têm se mantido sustentados, em contraponto com o movimento baixista observado no mercado físico. Os valores sinalizados para outubro, mês que coincide com o fim da temporada de confinamento, se mantêm próximos do patamar que o mercado projetava no início do ano, com o boi gordo cotado em torno de R$ 330,00 por arroba. No dia 4 de agosto, o contrato encerrou em alta de R$ 2,60, a R$ 329,50 por arroba. Se a cotação se mantiver nesse nível, pode estimular o segundo giro do confinamento.

Apesar da baixa demanda por carne no varejo, há uma expectativa de consumo mais aquecido no curto prazo, favorecido pelo pagamento dos salários e preparativos para o Dia dos Pais (14/08). Em São Paulo, os preços do boi gordo se estabilizaram, após duas quedas consecutivas. A cotação atual é de R$ 297,50 por arroba à vista. Os frigoríficos contam com escalas de abate folgadas, em sua maioria para o final de agosto, e pecuaristas evitam ofertar os bovinos pelos preços propostos.

A tendência é de que a pressão continue no físico, apesar dos preços estáveis na maioria das regiões. Em Minas Gerais, o mercado é lento e a vaca gorda está cotada a R$ 275,00 por arroba a prazo. Em Tocantins, o cenário é de escalas preenchidas, o que permite a frigoríficos testarem preços abaixo da referência. O boi gordo está cotado a R$ 285,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, ainda não há reação. O traseiro está cotado a R$ 22,10 por Kg e o dianteiro, a R$ 17,10 por Kg.