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04/Ago/2022

Boi: preço recua pressionado pela fraca demanda

Poucos negócios no mercado físico do boi gordo pressionam as cotações. Em São Paulo, o boi gordo caiu abaixo de R$ 300,00 por arroba, patamar que havia sido registrado, pela última vez, em novembro passado. Frigoríficos e pecuaristas atuam de forma cadenciada nas negociações enquanto o comportamento dos agentes no mercado físico segue indefinido. Espera-se uma reação do consumo doméstico no curto prazo. Enquanto isso não acontece, o mercado deve seguir travado. Os frigoríficos maiores que atuam em parcerias ou têm confinamentos próprios conseguem direcionar o mercado.

Com uma reserva de bovinos, eles podem propor valores menores ou simplesmente se retiram do mercado, movimento que colabora com a queda. Por outro lado, os pecuaristas que confinaram boiadas no primeiro giro optam por aguardar condições de preço mais altas para ofertar os bois. Embora os preços continuem estagnados, há uma forte especulação baixista que intensifica o desacordo entre os agentes. Esse movimento deve prevalecer até o término da primeira quinzena de agosto. Enquanto o mercado interno não reage, a indústria observa, com cautela, o fluxo das exportações de carne bovina ao longo do segundo semestre deste ano.

As vendas externas estão sendo responsáveis por absorver cerca de 1/3 da produção brasileira. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 299,50 por arroba à vista. Também há queda para os bovinos com destino à exportação e a cotação atual é de R$ 315,00 por arroba. Em Santa Catarina, a redução na oferta de bois terminados, somado a escalas de abate mais enxutas, permite que os preços do boi gordo avancem e a cotação é de R$ 324,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, apesar da fraca demanda em geral, a procura por cortes traseiros é mais firme. O traseiro está cotado a R$ 22,10 por Kg e o dianteiro, a R$ 17,10 por Kg.