03/Ago/2022

Os preços do boi gordo estão estáveis e devem oscilar pouco nos próximos dias, com a indústria demandando pouco no mercado físico, por causa das escalas alongadas de abate, suficientes para pelo menos até a próxima semana. O aumento da oferta de bovinos no mês passado, provenientes de pastagens e do primeiro giro de confinamento, permitiu que unidades de abate entrassem no mês de agosto com menor necessidade de compra de boiada gorda.

Mesmo com programações de abate levemente mais enxutas na maioria das regiões, o cenário geral ainda é de oferta suficiente de boiadas para os próximos dias. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 301,50 por arroba à vista. Em Minas Gerais, o aumento na oferta de bovinos terminados em confinamento pressiona as cotações da novilha gorda (R$ 285,00 por arroba a prazo). Já o boi gordo permanece estável, a R$ 287,00 por arroba a prazo. No mercado doméstico, a expectativa de melhora no consumo de carne bovina deu fim ao movimento de queda nas cotações da carne com osso.

Em São Paulo, no atacado, ajustes positivos vêm sendo puxados principalmente pelo dianteiro, que apresenta alta de 5,6% nos últimos sete dias. A carcaça casada de bovinos castrados está cotada a R$ 19,37 por Kg e a de bovinos inteiros, a R$ 17,92 por Kg, incremento de 2,4% e 4,7%, respectivamente, na comparação semanal. As exportações, por sua vez, continuam sendo um forte suporte para os preços. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que os embarques de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada avançaram em julho em volume e receita.