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29/Jul/2022

Frango: ganho de competitividade ante carne suína

A alta dos preços da carne suína no mercado doméstico em julho mês fez com que a carne de frango ficasse mais competitiva. Os preços tanto da carne de frango quanto das duas principais substitutas, bovina e suína, estão em alta no mercado brasileiro nesta parcial de julho. Apesar disso, a valorização mais tímida da carne bovina fez com que o frango perdesse competitividade frente à concorrente, ao passo que, na comparação com a carne suína (a que mais se valorizou no mês), a carne de frango ganhou competitividade. Na parcial de julho, o preço médio do frango inteiro resfriado comercializado no atacado de São Paulo é de R$ 7,76 por Kg, altas de 4,1% frente a junho e de 5,2% na comparação com o mesmo mês de 2021, em termos nominais.

Além das exportações aquecidas, o valor mais baixo da proteína frente ao das demais tem favorecido sua liquidez no mercado doméstico. Já os preços da carne suína subiram principalmente na primeira quinzena deste mês. No atacado de São Paulo, a carcaça especial suína é negociada a R$ 9,85 por Kg, em média, na parcial de julho, alta mensal de 5% e avanço de 0,5% em relação ao mesmo mês de 2021. Dessa forma, a carcaça suína está R$ 2,09 por Kg mais cara que o frango inteiro, aumento de 8,3% frente à diferença de junho e ainda a maior em cinco meses. No entanto, mesmo com o avanço, a diferença ainda é 13,8% inferior à de julho/2021. No mercado de boi, a baixa oferta de bovinos para abate, principalmente por conta do período de entressafra, sustenta as cotações.

No atacado de São Paulo, a carcaça casada tem média de R$ 20,68 por Kg na parcial de julho, avanços de 0,6% frente a junho e de 2,3% na comparação com julho/2021. Assim, considerando-se a carcaça de boi e o frango inteiro, a proteína bovina está cotada R$ 12,93 por Kg acima da avícola, a menor diferença entre os produtos em oito meses, sendo 1,3% abaixo do observado em junho, mas ainda 0,6% superior à verificada em julho do ano passado. Os preços do pintainho de corte de um dia, que historicamente têm poucas variações durante o ano, têm se elevado consecutivamente em julho, atingindo patamares recordes, por conta da maior demanda do setor pelo insumo, além do elevado custo de produção nas incubadoras. No acumulado de julho, a ave negociada no Paraná tem valorização de 9,2%, a R$ 2,54 por cabeça, o maior valor nominal da série do Cepea, iniciada em 2014. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.