ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

29/Jul/2022

Boi: regras ambientais para acessar linhas de crédito

Os bancos brasileiros iniciaram uma discussão, por meio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), para criar uma regra para controlar o risco de desmatamento da Floresta Amazônica por meio da cadeia de carne bovina, com foco nos frigoríficos. A norma lista regras que frigoríficos terão de cumprir para acessar crédito entre os bancos. Até dezembro de 2025, por exemplo, indústrias precisarão garantir que não compram gado, de forma direta ou indireta, de áreas de desmatamento ilegal, indica o documento. De acordo com a federação, antes da aprovação da medida, que deve ocorrer ainda neste ano, será necessária uma avaliação do comitê e do conselho de autorregulação. Isso ainda pode provocar mudanças no texto.

As discussões estão no início e estão acontecendo apenas com os bancos. Também haverá discussões com representantes das indústrias. No primeiro momento, as medidas visam apenas frigoríficos e deixam os pecuaristas de fora da discussão. A decisão chama a atenção, já que se trata de um elo importante para combater o avanço do desmatamento. As indústrias estão bastante organizadas e contam com experiências de rastreabilidade. É preciso iniciar dando alguns passos. Mas, a ideia é ampliar o debate e estender esse compromisso para outros setores e biomas da cadeia produtiva.

De fato, os frigoríficos vêm se movimentando para eliminar o desmatamento em sua cadeia de fornecedores de gado. A JBS, por exemplo, firmou o compromisso de que, a partir de 2025, só comprará gado dos pecuaristas que estiverem cadastrados na Plataforma Pecuária. Em blockchain, a tecnologia determina a abertura dos fornecedores indiretos de cada pecuarista. Já a Marfrig colocou em 2025 o prazo para monitorar 100% dos fornecedores indiretos de gado no bioma amazônico. A Minerva prevê que, até 2030, monitorará 100% dos seus fornecedores indiretos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.