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28/Jul/2022

Mercado de Reposição: custo varia entre sistemas

No balanço do primeiro semestre de 2022, os custos de produção da pecuária de corte dos sistemas de cria e de recria engorda registraram tendências opostas. O principal motivo para esse resultado distinto nos gastos desses dois sistemas produtivos foi o bovino de reposição. No caso do sistema de cria, de janeiro a junho, o COE (Custo Operacional Efetivo) da pecuária de corte subiu 11,52%, na “Média Brasil” (que considera os estados do Acre, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins). Esse avanço ficou um pouco abaixo do verificado no mesmo período de 2021, quando os custos registravam alta de 13,12%.

A elevação no custo desse sistema verificada na primeira metade deste ano está acima da inflação (IGP-DI) do mesmo período, que foi de 7,84%. Dentre os grupos de insumos que mais influenciaram a elevação dos custos do sistema de cria no primeiro semestre esteve a suplementação mineral. De janeiro a junho de 2022, esse item se valorizou de forma consecutiva, acumulando elevação de 18,75% na “Média Brasil”. A forte valorização do dólar frente ao Real foi um importante motivo dessa evolução. Mais recentemente, além da demanda sazonal, devido à época de seca e à maior necessidade de suplementar a nutrição do rebanho, os preços dos sais minerais vêm sendo influenciados pela baixa oferta de produtos.

A falta de matérias-primas essenciais e problemas logísticos, como contínuos reajustes no frete, impulsionaram a valorização desse grupo de insumos. No caso do sistema de recria e engorda, de janeiro a junho, o COE recuou 5,73%, na “Média Brasil”, devido à queda nos preços do bezerro, principal item nos custos do pecuarista recriador. Assim, de janeiro a junho de 2022, a reposição se desvalorizou 11% na “Média Brasil”. Essa retração, por sua vez, esteve atrelada à maior oferta de animais, tendo em vista os maiores investimentos em tecnologias por parte de pecuaristas, o aumento de produtividade e, sobretudo, a redução no abate de matrizes. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.