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26/Jul/2022

Carnes: preços estáveis com maior oferta de milho

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) vê tendência de estabilidade dos preços das carnes de frangos e suínos aos consumidores. Não há tendência de novos aumentos em frangos e suínos no varejo neste ano. Mas, não haverá redução para o consumidor porque o milho (principal insumo utilizado na alimentação animal) subiu em patamares tão elevados que o custo de produção da indústria encareceu e não é possível retroceder ainda os preços das carnes. O milho subiu para mais de R$ 100,00 por saca de 60 Kg. Agora, está voltando para entre R$ 70,00 e R$ 80,00 por saca de 60 Kg, mas ainda bem acima dos R$ 40,00 por saca de 60 Kg de antes da pandemia.

Essa estabilidade nos preços dos frangos e suínos, sustentada na queda dos valores pagos pela indústria pelo cereal, vem principalmente da maior safra nacional do cereal, estimada em 115 milhões de toneladas. Os preços do milho podem recuar, embora não seja em patamares tão inferiores aos atuais, o que vai equilibrar o custo. Algumas indústrias, como a de suínos e de ovos, ainda não recuperaram totalmente o aumento de mais de 100% dos preços do cereal e, por isso, não irá refletir diretamente no consumidor. O recuo dos preços do cereal vai gerar estabilidade para a indústria para alocação de animais. O preço do milho diminuindo gera estabilidade na produção e limita novos aumentos para o varejo, como ocorreu no ano passado. A estabilidade vai frear novos repasses.

A maior safra nacional de milho, além de segurar os preços, garante o fornecimento adequado para a indústria animal, que consome cerca de 60 milhões de toneladas por ano. Não há preocupação. O Brasil exporta o excedente. Nem mesmo essa notícia de abertura do mercado chinês para o milho brasileiro vai afetar a estabilidade do suprimento. A China tende a importar milho brasileiro somente no ano que vem. A China importa 26 milhões de toneladas anuais de milho, sendo 19 milhões de toneladas dos Estados Unidos e não vai deixar de comprar lá. O que a China comprava da Ucrânia pode comprar do Brasil, mas será somente na segunda safra de 2023, após a assinatura dos protocolos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.