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26/Jul/2022

Boi: preços pressionados pelas escalas alongadas

O mercado físico do boi gordo inicia a semana com preços estáveis nas principais regiões pecuárias do País. As programações de abate seguem mais longas, o que reduz a pressão de compra. Os frigoríficos aguardam a evolução do consumo doméstico de carne bovina para retomar as compras de forma mais ativa, o que só deve acontecer no início do próximo mês.

Grande parte das indústrias encerrou a última semana fora das compras em razão das escalas de abate fechadas até a segunda semana de agosto. Para os próximos dias, a lentidão no escoamento de carne no mercado doméstico, somada a uma expectativa de oferta crescente de bovinos de cocho (do primeiro giro de confinamento), deve continuar gerando uma pressão de baixa para o boi gordo.

A segunda quinzena do mês, caracterizada pelo menor consumo de carne bovina, continua tirando o fôlego no mercado do boi gordo. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 310,00 por arroba a prazo e acumula queda de R$ 6,50 por arroba desde o início do mês. No Pará, as escalas de abate das indústrias estão mais curtas do que no restante do País e a oferta de bois segue reduzida. Desta forma, a cotação é de R$ 295,00 por arroba a prazo.

Em Minas Gerais, a oferta de gado está ajustada à demanda das indústrias, com o boi gordo cotado a R$ 290,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, o excesso de oferta no mercado interno pressiona os preços dos cortes. Nos últimos sete dias, os preços registram queda de 0,8% em média. O movimento de baixa é puxado principalmente pelos cortes de traseiro, que tiveram queda de 1%, seguido de 0,3% dos cortes dianteiros. Para o curto prazo, o final do mês pode influenciar uma queda mais acentuada nas vendas para o mercado interno.