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25/Jul/2022

Boi: Japão poderá liberar as importações do Brasil

O Japão, mercado que os exportadores de carne bovina brasileira almejam há um bom tempo, afirmou estar, atualmente, trabalhando com técnicos responsáveis pelas quarentenas do Brasil e do país asiático no processo de liberação da importação de carne bovina brasileira. A autorização para que o Brasil tenha os embarques da proteína liberados ao Japão está sendo discutida tecnicamente entre as nações, com base na ciência e tecnologia. O Ministério da Agricultura brasileiro confirmou que mantém contato com a área sanitária do Japão, com vistas a viabilizar a exportação no futuro breve. A hipótese de o Japão liberar seu mercado ao Brasil voltou ao radar nesses últimos dias, com os focos de febre aftosa detectados na Indonésia, a apenas 100 quilômetros da Austrália, que é fornecedora de carne bovina para o país asiático e concorrente do Brasil no mercado global de carne bovina.

Caso o vírus ultrapasse as fronteiras australianas, há risco de suspensão, pelo menos temporária, de importação por parte de vários países, entre eles, o Japão. O Brasil, líder e concorrente da Austrália no mercado global de carne bovina, não exporta a proteína vermelha ao Japão justamente porque 100% do seu território ainda não conta com o status de "livre de aftosa, sem vacinação", chancelado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Essa chancela, segundo o ministro da Agricultura, Marcos Montes, deve ser conquistada pelo País apenas em 2026. O Japão só adquire carne bovina de países que não só não têm a doença, como não vacinam mais os rebanhos, caso da Austrália. Desde que o Brasil conquistou o mercado dos Estados Unidos para a carne bovina in natura, em fevereiro de 2020, frigoríficos e o governo brasileiro seguem na expectativa de que outros países liberem os embarques, como Japão, Coreia do Sul e a própria Indonésia, mercados que pagam muito bem pela proteína e se pautam pelas decisões dos Estados Unidos neste setor.

Entretanto, até o momento, a situação segue sob negociação. Em 2020, o Japão produziu 335.559 toneladas de carne bovina e importou quase o dobro, ou 590.992 toneladas. A Austrália, logicamente, busca evitar a todo custo que o vírus da aftosa entre em seu território. Com os casos de febre aftosa avançando sobre a Indonésia, a apenas 100 quilômetros das fronteiras do país, os australianos elevaram fortemente os níveis de biossegurança nas fronteiras para evitar não só a perda de mercados importantes e valorizados, a Austrália é o quarto maior exportador global de carne bovina, como o sacrifício de milhares de animais (prática obrigatória em caso de focos da doença) num momento em que seu rebanho vem sendo recomposto após uma severa seca no país. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.