22/Jul/2022

O baixo número de plantas frigoríficas indo às compras no mercado físico resulta em um amplo movimento de queda nos preços do boi gordo nas regiões pecuárias brasileiras. A indústria conta com escalas de abate confortáveis e atua de forma cautelosa e estratégica, enquanto o mercado doméstico não demonstra uma reação no consumo de proteína animal. A redução dos preços só não é maior porque na ponta da oferta a disponibilidade de bois ainda é baixa, a não ser em regiões específicas, nas quais se tem boiadas oriundas de contratos com parceiros.

A demanda externa aquecida também é outro fator de sustentação. Os elevados preços da carne bovina no mercado doméstico, a inflação no País e a restrição orçamentária da maior parte da população brasileira, faz com que consumo interno de carne bovina siga patinando e limitando novos avanços nos preços do boi gordo. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 303,50 por arroba à vista. No Paraná, os compradores têm trabalhado sob cautela em razão do consumo enfraquecido e o boi gordo está cotado a R$ 308,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 290,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, na comparação das médias de junho com a média parcial de julho, a carcaça casada bovina tem valorização de 1,73%, cotada a R$ 20,90 por Kg neste mês.