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22/Jul/2022

Leite: custo de produção avançou no 1º semestre

Depois da leve queda em maio, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira apresentou leve alta de 0,10% em junho, considerando-se a “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo). No acumulado de 2022 (de janeiro a junho), a elevação do COE é de 4,35%. Vale lembrar que, no mesmo período do ano passado, o COE havia aumentado 11,49%. Assim como observado nos meses anteriores, os custos com as operações mecânicas nas propriedades seguiram em elevação, levando à retomada da valorização do COE. De maio para junho, o avanço foi de 1,51%, e, no acumulado do primeiro semestre de 2022, de 15,60%. O aumento nos custos com as operações mecânicas está atrelado à valorização dos combustíveis, principalmente do óleo diesel.

A alta nas cotações internacionais do petróleo, agravada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, e a desvalorização cambial afetaram as cotações internas do insumo nesse primeiro semestre. Quanto ao concentrado, as oscilações nos preços do milho e da soja nos últimos meses influenciaram diferentemente as cotações desses itens em junho. Dentre os Estados acompanhados, foram registradas quedas nas cotações do concentrado em Santa Catarina (-1,76%), Rio Grande do Sul (-0,41%) e Minas Gerais (-0,21%); enquanto os valores subiram no Paraná (+1,37%) e em Goiás (+0,44%). Em São Paulo, por sua vez, as cotações ficaram estáveis. Na “Média Brasil”, a elevação registrada no mês foi de apenas 0,06% e, no acumulado do ano, o aumento foi de 2,10%. As recentes valorizações do leite pago ao produtor melhoraram a relação de troca com o milho pelo terceiro mês seguido.

Em junho, foram necessários 32 litros de leite (Média Brasil do produto pago ao produtor) para a aquisição de 1 saca de 60 Kg de milho (base Campinas - SP). A média dos últimos 12 meses foi de 40 litros de leite para adquirir 1 saca de 60 Kg de milho. O grupo dos adubos e corretivos registrou queda de 0,69% em junho, resultado influenciado pela retração das cotações dos fertilizantes nitrogenados. No primeiro semestre de 2022, porém, a alta acumulada para esse grupo de insumos na “Média Brasil” é de 3,27%. Quando analisado o comportamento dos preços nos últimos 12 meses (de junho/2021 a junho/2022), a elevação é de expressivos 45,54% na “Média Brasil”. Vale ressaltar que, mesmo diante das quedas recentes, o desembolso com os concentrados, adubos e corretivos seguem em patamares historicamente elevados. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.