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08/Jul/2022

Boi: preços pressionados pelas escalas alongadas

Os frigoríficos de grande parte do País têm escalas de abate suficientes até meados do mês, o que lhes dá a oportunidade de tentar pressionar a arroba ou, se preferirem, de se afastar do mercado. A movimentação nos próximos dias deve depender de como será o consumo na primeira quinzena do mês, do tamanho da oferta de bovinos e de novidades sobre exportações. Em relação à oferta, na Região Centro-Sul, ainda há disponibilidade de boiadas provindas de confinamento, que ocorrem em modelos de parceria entre indústria e invernistas.

Mas, a oferta é limitada e deve se exaurir nas próximas semanas, abrindo margens para valorização dos preços. Com poucos negócios no mercado físico, os preços seguem estáveis. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 310,50 por arroba à vista. A média nacional das escalas de abate atende 9,19 dias. Em São Paulo, o intervalo é de 13,12 dias. No Rio Grande do Sul, chuvas recorrentes estão prejudicando a qualidade das pastagens e aumentando a oferta de gado gordo. A dificuldade de escoamento da carne bovina por parte dos compradores, somado ao incremento na oferta, pressiona as cotações e o boi gordo está cotado a R$ 10,95 por Kg. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 294,00 por arroba.

Em São Paulo, no atacado, os preços seguem estáveis. O traseiro bovino está cotado a R$ 22,10 por Kg; o dianteiro a R$ 17,60 por Kg e a ponta de agulha é negociada a R$ 17,10 por Kg. O fraco escoamento de carne bovina no mercado doméstico se deve pelos preços elevados da proteína, especialmente frente às concorrentes suína e de frango, e ao baixo poder de compra da população brasileira. Por outro lado, o dólar segue se valorizando frente ao Real, o que impulsiona a receita recebida por exportadores brasileiros. Desta forma, os frigoríficos brasileiros que têm acesso ao mercado externo seguem focados neste canal de escoamento.