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07/Jul/2022

Boi: preços estão em viés altista no mercado físico

Os frigoríficos têm evitado formar estoques enquanto o consumo doméstico de carne bovina não deslancha e isso segura novas altas nos preços do boi gordo no mercado físico. Oscilações pontuais são observadas, mas que refletem condições específicas de cada região. Há registros de negociações acima da média, porém ainda insuficientes para justificar alterações nos valores referenciais. Apesar da cautela, os fundamentos para o setor seguem positivos. Para esta primeira quinzena de julho, há expectativas de consumo consistente no mercado doméstico para a carne bovina, ao mesmo tempo que as exportações apontam sinais de firmeza.

O comportamento cambial, associado à aquecida demanda externa, deve manter o firme apetite comprador das indústrias. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 310,50 por arroba à vista. Para o "boi China", em razão da procura firme pelas boiadas, a cotação é de R$ 320,00 por arroba. Em Minas Gerais, lotes oriundos de confinamento são negociados a preços mais altos, permitindo que indústria evolua em suas escalas. Em Mato Grosso, os preços registram alta como reflexo do apetite comprador que é motivado pelas vendas ao mercado externo.

Em São Paulo, no atacado, o volume de negócios dá sinais de recuperação em função da chegada da primeira quinzena do mês. Varejistas e distribuidores se preparam para o próximo fim de semana, onde há um claro otimismo em relação às vendas de carne. A alta nos preços das proteínas concorrentes (frango e suínos) e a produção regulada à demanda por menor abate de boiada são fatores que devem ao menos garantir suporte aos preços dos principais cortes bovinos. As expectativas de manutenção do firme ritmo das vendas externas também é ponto importante para manter estoque ajustado.