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06/Jul/2022

Boi: preços estáveis em mercado com baixa liquidez

Embora a expectativa para a semana seja de aumento na liquidez de negócios do mercado físico do boi gordo, não alterações significativas na comercialização ou nos preços. A morosidade vista nos últimos dias da semana passada persiste, enquanto as indústrias se planejam para compor as escalas de abate ao longo da semana, de acordo com o andamento das vendas de carne bovina no mercado doméstico. A expectativa é de consumo positivo no mercado interno, neste início de mês, com a entrada da massa salarial e de pagamentos de auxílios governamentais e não estão descartadas novas altas. A conjuntura econômica é considerada positiva e tende a beneficiar o preço do boi gordo no curtíssimo prazo. São esperadas altas nas cotações em regiões onde as indústrias ainda não conseguiram alongar suas escalas.

A oferta segue enxuta. A tendência é de que as boiadas terminadas cheguem no fim do mês de julho e começo de agosto, como resultado da terminação do primeiro giro de confinamento. Vale lembrar que a terminação nos confinamentos está mais custosa, com os preços dos grãos em níveis ainda elevados. Por outro lado, a colheita do milho 2ª safra de 2022 já começou e pode refletir em melhores condições aos pecuaristas confinadores, já que a perspectiva é de maior oferta ante a temporada anterior. As exportações seguem pujantes, como observado desde o início deste ano, com o volume embarcado para o mercado externo em junho, por exemplo, sendo recorde para o mês.

Os frigoríficos habilitados para exportação se voltam para as vendas no mercado internacional, que, com exportações recordes, continua pagando preços mais remuneradores pelos bovinos que atendem aos requisitos. A valorização do dólar ante o Real também está contribuindo. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 310,50 por arroba à vista. No Espírito Santo, com a menor oferta de bovinos, a cotação do boi gordo tem alta de R$ 2,00 por arroba. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes bovinos seguem estáveis. O fim de semana não registrou movimentações relevantes, mas a expectativa é positiva para os próximos dias. Dessa forma, o traseiro bovino é vendido a R$ 22,10 por Kg. O dianteiro está cotado a R$ 17,60 por Kg e a ponta da agulha, a R$ 17,10 por Kg.