29/Jun/2022

A conjuntura de fatores estimulada pelo baixo estoque de bois terminados e pela demanda exportadora continua a ditar as regras do mercado do boi gordo. Enquanto alguns frigoríficos seguram negócios, outros continuam a pagar um pouco mais e ajustar suas escalas ainda curtas. Sendo assim, os preços continuam firmes em todo o Brasil. As indústrias avaliam, ainda, o escoamento de fim de semana para ajustar seu planejamento pensando na virada do mês e no atendimento à demanda da primeira quinzena. A cotação média do boi gordo em todo o Brasil teve negócios à vista em R$ 293,00 por arroba e a prazo em R$ 295,00 por arroba. As escalas de abate no País atendem, em média, a 7,6 dias.

Mesmo com o boi gordo valorizado, a maioria dos compradores encontra dificuldades para preencher suas programações. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 312,00 por arroba a prazo. Para bovinos de até quatro dentes ocorrem negócios pontuais a R$ 325,00 por arroba, mas a referência de R$ 320,00 por arroba segue valendo. As altas nas cotações podem se intensificar com o pagamento dos salários no início de julho e com o provável aumento de consumo de proteína animal. Além disso, o fortalecimento do dólar frente ao Real está contribuindo para melhores negócios na exportação. Esse deverá ser o principal driver para indústria seguir atuando de forma mais ativa na operação para o mercado exterior.

Na próxima semana, preços e prêmios deverão se estabelecer em maiores patamares para bovinos que possuam as características de exportação, bem como o movimento de originação de boiadas terminadas provindos de outros Estados para suprir a indústria frigorífica de São Paulo. Na Região Norte do País, o boi gordo tem sido negociado a R$ 282,00 por arroba. Em São Paulo, no atacado, a carcaça de bovinos castrados está cotada a R$ 20,09 por Kg e a de bovinos inteiros, a R$ 19,32 por Kg, aumento em ambas as carcaças de 0,4% e 1,6%, respectivamente, nos últimos sete dias. As cotações da carne com osso seguem sustentadas por uma oferta mais enxuta e as altas no preço de aquisição da matéria-prima.