27/Jun/2022

Depois de uma sequência de sessões positivas para as ações de frigoríficos no Ibovespa na semana passada, o setor deve seguir em trajetória favorável. Entre as alavancas para as produtoras de proteínas, destacam, por exemplo, a demanda externa aquecida, assim como o ciclo bovino positivo e desaceleração dos preços de commodities agrícolas.

Os preços das exportações seguem em alta, favorecendo as empresas do setor por recuperação da demanda interna e exportações para China e Estados Unidos. O custo operacional deve recuar, uma vez que os futuros das commodities de milho e soja, principais componentes para rações de aves e suínos, sofreram queda em seus preços. A queda expressiva de preço dessas commodities agrícolas nos últimos dias é atribuída à maior probabilidade de recessão, enquanto a oferta segue crescendo.

Em relação às exportações, a China deve continuar sendo um importante comprador de carne brasileira. Os Estados Unidos também são compradores relevantes para a proteína nacional. Nesse sentido, a valorização do dólar frente ao Real favorece as exportadoras do País, incluindo os frigoríficos. A melhora do ciclo bovino no Brasil é mais um driver positivo a entrar na lista.

A maior disponibilidade de gado (especialmente a partir do segundo semestre de 2022) deve se traduzir em menores no mercado interno. Esse movimento contribui para a expansão das margens operacionais dos frigoríficos. Vale destacar ainda que há divergências entre os participantes do mercado sobre a disponibilidade de gado. Alguns especialistas, por exemplo, defendem que apesar da oferta brasileira estar mais enxuta nesse momento, deve expandir no médio prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.