ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

21/Jun/2022

Boi: preço em alta no físico com demanda aquecida

Em São Paulo, a comercialização no mercado físico do boi gordo está aquecida. Os frigoríficos procuram boiadas terminadas e os preços apresentam alta, para R$ 296,50 por arroba à vista. O ritmo aquecido das exportações, em um momento de dólar mais firme ante o Real, também favorece negociações acima da referência envolvendo bovinos cujo destino é o mercado chinês. A expectativa é de que o ritmo diário dos embarques de carne bovina ao mercado externo permaneça aquecido ao longo do mês, com a China liderando as aquisições.

Do lado da oferta, boa parte do País já registra queda na disponibilidade de bois prontos para o abate. A redução se dá pelo grande volume de abate entre abril e maio, principalmente entre fêmeas e bois novos. Na Região Norte do Brasil, no entanto, as chuvas ainda garantem bons pastos e os bois podem ser mantidos nas propriedades, enquanto pecuaristas esperam por preços mais altos. O mercado dá sinais de recuperação gradual das cotações nessas regiões, já que há relatos de presença de compradores de outras localidades para adquirir esses bovinos.

Em Alagoas, o cenário de oferta ajustada à demanda contribui para estabilidade de preços. No Pará, as escalas de abate enxutas possibilitam a valorização na cotação do boi gordo, para R$ 269,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, a demanda é fraca, com maior procura dos consumidores por proteínas alternativas. No curto prazo, novas quedas no mercado varejista não estão descartadas, tendo em vista que na segunda quinzena os negócios tendem a esfriar e, com margens confortáveis, açougues e supermercados podem ceder à pressão de baixa.