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20/Jun/2022

Suíno: Brasil busca parceiros para substituir China

As exportações brasileiras de carne suína, considerando-se produtos in natura e industrializados, recuaram em maio. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram embarcadas 88,1 mil toneladas da proteína no último mês, 0,4% a menos que em abril e 13% abaixo da quantidade de maio/2021. Essa retração nos envios totais esteve atrelada à diminuição das vendas à China, o maior destino da proteína nacional. Apesar disso, outros importantes parceiros comerciais aumentaram as aquisições da carne brasileira, o que acabou limitando uma queda mais intensa no volume total exportado. Em maio/2022, os embarques à China recuaram 12,7% frente aos de abril e expressivos 49,6% em relação aos de maio/2021. No acumulado do ano (de janeiro a maio), a queda nos envios ao país asiático já é de fortes 38,9% frente ao mesmo período de 2021.

A China vem diminuindo a necessidade de comprar proteína no mercado internacional, tendo em vista o intenso processo de recuperação do rebanho de suínos, após os picos do surto de Peste Suína Africana (PSA), doença que acometeu milhões de suínos. De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de suínos na China já está próxima de voltar aos patamares pré-PSA. Em 2021, a produção chinesa de suínos atingiu 655 milhões de cabeças, crescimento de 49% frente a 2019, período mais crítico de PSA no país asiático. O setor suinícola brasileiro está atento a esse cenário e tem expectativa de que as vendas à China sigam diminuindo neste ano. Estimativas do USDA indicam que a importação de carne por parte da China deve recuar 19% de 2021 para 2022.

Assim, no intuito de minimizar os impactos gerados pela menor demanda chinesa, os agentes brasileiros têm se esforçado para diversificar os destinos de exportações e estreitar relações com parceiros já ativos. Os resultados desse empenho do setor são evidenciados pelos aumentos nas exportações para as Filipinas. De abril para maio, os envios ao país cresceram expressivos 33,5%, o que colocou as Filipinas, inclusive, como o segundo maior destino da carne suína brasileira em maio, atrás apenas da China. No mercado doméstico, as cotações da carne suína seguem firmes em todas as regiões. Em São Paulo, no atacado, as maiores valorizações no mercado de cortes nos últimos sete dias, de 6,6% e de 4,7%, são observadas respectivamente para as carcaças comum e especial, que estão sendo comercializadas a R$ 9,10 por Kg e a R$ 9,29 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.