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09/Jun/2022

Suíno: tecnologias nutricionais reduzem os custos

Por muitos anos a carne suína não esteve tão presente no cotidiano da família brasileira, seja por fatores religiosos ou até mesmo culturais, no qual existia certa desvalorização em relação à qualidade nutricional e gastronômica desta proteína. Contudo, esse cenário está mudando. A alta crescente dos valores da carne bovina, somado ao conhecimento das propriedades nutricionais da carne suína e valorização do seu sabor, o mercado da suinocultura tem tido perspectivas positivas. Atualmente, no cenário mundial, o Brasil é o quarto maior produtor e exportador de carne suína no mundo. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2021, a indústria de proteína animal registrou mais um recorde de produção, com 4,7 milhões de toneladas de carne suína produzidas.

Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2021, Santa Catarina liderou o abate de suínos com 28,5% da participação nacional, seguido pelo Paraná com 20,5% e Rio Grande do Sul participando com 17,5%. Com o aumento da demanda por carne suína, é necessário criar mais suínos no campo e, consequentemente, aumentar a produção de ração. O milho e a soja são os principais componentes da ração dos suínos. Segundo a Embrapa, desde o início do ano de 2018, o preço médio do milho subiu 200% até 2021, e o farelo de soja sofreu aumento em torno de 122%.

Tendo em vista que a alimentação representa aproximadamente 80% do custo total da produção de suíno, para vencer os desafios, os suinocultores necessitam buscar alternativas na nutrição animal, tornando-se imprescindível um olhar mais cauteloso e assertivo para a ração fornecida. A inclusão de alimentos alternativos na dieta mostra-se como uma boa opção para esses momentos. Entretanto, é preciso considerar a composição bromatológica desses ingredientes, e estar atento a digestibilidade e qualidade de cada ingrediente utilizado. Por exemplo, o uso de sorgo, que pode substituir o milho, depende de alta associação com enzimas e aminoácidos. Fonte: Suinocultura Industrial. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.